Tipos de Apego

E hoje vamos falar sobre apego, todos nós temos em algum nível apego por coisas e pessoas, mas cada um de nós se comparta de maneira diferente dentro da dinâmica do apego.

A teoria do apego foi desenvolvida pelo psicólogo, psicanalista e psiquiatra Britânico John Bowlby, sendo sua teoria um dos estudos mais relevantes no tema apego. Os estudos e testes realizados por John entre 1958 e 1970 foram feita com crianças e seus cuidadores. Foi somente em 1980 que a teoria foi estendia para adultos, criando uma correlação entre a maneira primeira da relação de apego entre criança e cuidador, refletiria na vida adulta, em nossas relações futuras.

Em 1985 Cynthia Hazan e Phillip Shaver, dois psicólogos da universidade de Denver utilizaram um questionário no qual havia três frases cabendo ao leitor escolher com qual delas ele concordava mais. Cada uma dessas frases correspondia a um estilo de apego, definido na teoria do apego. Um dos resultados mais interessantes observado foi que, a porcentagem encontrada nos testes realizado em crianças permanecia muito próxima da encontrada para a população adulta.  Assim, concluíram que, o padrão de apego uma vez estabelecido na infância, pode ser levado para o contexto de outras relações interpessoais.

E o que seriam esses três tipos de apego, eles se dividem em Apego seguro, apego ansioso e apego evitativo.

As pessoas do tipo A, tipo seguro de apego, não tem problema em criar vínculos, e tornar-se emocionalmente intimo dos outros, bem como não tem problema em não estar vinculado, ou em se manter afastado de quem ama.

As pessoas do tipo B, tipo ansioso de apego, são pessoas que precisam estar emocionalmente envolvidas, que precisam ter certa intimidade, e que em geral sentem medo de perder o parceiro, ou precisam validar o amor do parceiro com certa frequência.

Já as pessoas do tipo C, são o tipo evitativo de apego, são pessoas que não se sentem confortáveis com relações muitos intimas e proximas, elas preferem manter a todos com um certo distanciamento.

E a conclusão desse questionário, é que a maioria de nós em algum nível, nos encaixamos nos tipos B ou C, ou seja, ansioso ou evitativo.

Esses tipos de apego, segundo a pesquisa, estão relacionados ao tipo de vinculo que você teve com o seu cuidador. Se você teve um cuidador que embora estive presente fisicamente, mas não disponível emocionalmente, você provavelmente ira se encaixar melhor no tipo C, ou seja, tipo evitativo de apego. Pois você tende a relacionar conexão com dor. Já se você teve um cuidador, que você tinha forte conexão emocional e que foi tirado da sua vida de forma súbita e abrupta, você tende a ser mais do tipo B, que gosta muito de vínculos emocional, mas que precisa valida-los a todo momento, pois acredita estar sempre na eminencia de ser abandonado.

E para deixar tudo um pouco mais complexo, tendemos a nos relacionar com o tipo oposto ao nosso, ou seja, se somos mais ansiosos e gostamos de intimidade, tendemos a nos aproximar do tipo mais evitativo, que não gosta de intimidade. E porque isso acontece? Porque em geral o tipo evitativo tende a investir bastante no inicio das relações e ir se distanciando conforme as conexões e a intimidade emocional vão ocorrendo, ou seja, ele liga conexão a dor e acaba se auto boicotando. Por outro lado, o tipo ansioso, tende a buscar por mais intimidade e conexão, pois o afastamento do outro, lhe cria a falsa sensação de uma possível perda a qualquer momento, portanto ele sente uma necessidade de validação desse amor quase que a todo o momento, o que o torna carente.

E entramos naquela dinâmica que todos nos já vivemos, um pede por atenção e outro sente necessidade de distanciamento cada vez maior, o que possívelmente gerará o fim desse relacionamento.

Outro ponto importante a ser dito é que todos nós temos um pouco de cada tipo de apego, somos mais um tipo que o outro, mas todos temos os dois. Portanto a depender do nosso parceiro, podemos nos comportar mais como o tipo ansioso, ou mais como o tipo evitativo.

E qual a importância de entendermos essa dinâmica? É somente entendendo os tipos de apago que conseguiremos nos auto avaliar. Definirmos assim em qual perfil melhor nos enquadramos, quais os possíveis fatos da infância nos coloca nesse tipo de apego, e desta forma trabalhar nossa criança interior ferida. E assim nos tornaremos cada vez mais adultos capazes de criar vínculos saudáveis, sinceros e amorosos, permitindo um alicerce solido para a construção de relações duradouras e integras.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Enquire here

Give us a call or fill in the form below and we'll contact you. We endeavor to answer all inquiries within 24 hours on business days.