E hoje vamos falar um pouquinho sobre colaboração, um assunto super atual. Ultimamente ele vem sendo comentado e discutido como algo fundamental em um momento de crise global como a que estamos passando. É um termos que também vem sendo muito usado na economia, como economia colaborativa, e onde já temos belos exemplos, como o Uber e o Ifood, dentre tantos outros.
Mas antes de seguirmos é importante intendermos o que é exatamente colaboração. Colaboração é um processo continuo com duas ou mais pessoas engajadas num grupo de atividades com objetivo compartilhado. Ele acontece de forma multidisciplinar sem hierarquia. Não confunda colaboração com ordenação e coordenação de atividades, isso é somente organização e não necessariamente colaboração. Colaboração também não é troca de informação, isso é comunicação, comunicação é um catalisador da colaboração, mas não é a colaboração em si. Na colaboração as divergências criativas são bem vindas, as interações agregam valor e não são simples trocas.
Porque a colaboração é algo que se bem empregada funciona tão bem? Por que existem varias estudos em Psicologia que demonstram, que apesar dos bens materiais serem capazes de oferecer uma sensação de felicidade para as pessoas, essa sensação dura apenas um período de tempo limitado.
A felicidade de fato, dessa maneira, só pode ser encontrada quando se da através do compartilhamento de experiências. As mesmas pesquisas apontam que as pessoas podem se sentir muito mais felizes a partir do momento em que podem compartilhar experiências com outras pessoas.
Seres humanos podem ser descritos como o resultado das soma das experiências que vivenciaram e, nesse sentido, a colaboração cumpre uma excelente função, que é de gerar oportunidades para que as pessoas possam se conectar e trocar experiências de forma construtiva, genuína e que gere valor para ambas.
Apesar de ouvirmos muito falar sobre colaboração no mundo corporativo e na economia, ambas com resultados muito positivos, quando a colaboração tem espaço para existir de forma genuína e não somente no discurso. Pouco ouvimos esse termo em nossa vida pessoal.
E a pergunta que faço, é como sermos mais colaborativos dentro da nossa casa, com nossos amigos ou mesmo nas relações íntimo afetivas. Como trabalharmos essa equação da colaboração no nosso cotidiano, pois colaboração não é a simples troca, não é matemática, eu te dou algo e recebo algo em troca, isso é barganha. Colaboração é a cocriação de um objetivo que seja benéfico para ambos. Como eu posso em conjunto com o outro cocriar relações benéficas, amorosas e que permitam crescimento mutuo.
Porque o que vemos em muitos casos são relações que muitas vezes são unilaterais, em que só um é beneficiado, enquanto o outro se permite ser explorado com medo da perda. Seja a perda do amor do outro, seja a perda do outro que vai embora, ou mesmo a perda financeira, quando o explorado depende financeiramente do outro.
A pergunta que deixo para sua reflexão é, como são suas relações afetivas? Elas são baseadas em colaboração, ou seja, são relações cocriadas com objetivos benéficos para ambos, pautadas em uma comunicação que agregue valor e gere transformações positivas, ou são relações baseadas na barganha, em que eu dou algo pro outro e fico a espera do retorno, como se relacionamento fosse simplesmente uma equação matemática, em que eu “brigo” diariamente para estar com saldo positivo.
